CARTA DO XIV CONGRESSO NACIONAL DOS JORNALISTAS DE IMAGEM

CARTA DO XIV CONGRESSO NACIONAL DOS JORNALISTAS DE IMAGEM

 

Foto diretoria ARFOC-BRASIL

Os Jornalistas de Imagem reunidos em Curitiba, no XIV Congresso, frente aos múltiplos problemas que se apresentam diuturnamente e após exaustivas reuniões resolvem indicar os procedimentos para enfrentar os dilemas e apresentar novos caminhos para tentar superá-los. O mundo de uma maneira geral e o Brasil em nosso caso específico está imerso em uma das crises cíclicas do capital, que desta vez atingiu em cheio nossa nação e  a todos nós trabalhadores de imagem que procuram no cumprimento de nossas funções o registro dos acontecimentos que ficarão como um documento para história. Aí começam nossas dificuldades.A imagem seja ela a imagem fixa da fotografia ou a imagem em movimento registrada pelas câmeras de vídeo nem sempre é bem vinda, principalmente em situações praticadas em comportamentos desviantes ou mesmo em atividades criminais. Esse tipo de situações tem surgido em escala crescente seja por pessoas que atuam na criminalidade, seja por pessoas que deveriam representar nossos anseios. Todos atuam nas sombras, nas zonas obscuras onde o registro por imagem é totalmente indesejável, revelaria sua verdadeira face, as máscaras cairiam, eles se mostrariam como verdadeiramente são. São apenas criminosos que devem ser julgados e condenados com todo o rigor da lei.   Ao lado de tudo isto os componentes da crise que afeta a todos, seja pela redução das frentes de trabalho para manter bem alto o lucro dos donos do capital e as possíveis mudanças de toda uma legislação em nome de uma suposta modernidade, mas que visa somente o aumento do lucro e a manutenção do status que vai aprofundar as diferenças de classe. As dificuldades podem levar a uma concorrência exacerbada a uma luta de todos contra todos onde não haverá nem vencedores nem vencidos, todos sairão derrotados.

. Estamos na era do “tempo real” “quem chega primeiro é quem diz a verdade”, não  quem procura a verdade por detrás das aparências, o que parece ser é o que predomina, estamos no reino do simulacro.  Nós temos a obrigação de  registrar as múltiplas situações que se apresentam no dia a dia,  mas com o cuidado de preservar nossas vidas, principalmente no registro da “imagem proibida”, que tem tido suma importância na fase atual. É imprescindível a união entre nós que trabalhamos com imagens. A desunião, a divisão, a discórdia  só vem a beneficiar aqueles que continuam a praticar seus crimes, seus malfeitos não só contra nós jornalistas, mas a toda imensa população que é massacrada pelas dificuldades que vem se acumulando dia pós dia. Mais do que nunca é necessário a união, o espírito solidário e fraterno onde o debate é necessário, mas sempre com intuito do predomínio do coletivo, para chegarmos a um resultado que venha a beneficiar a todos. Uma das características da fase atual é o desmantelamento da estrutura sindical, a destruição do espírito associativo, da solidariedade, do companheirismo, com o predomínio do salve-se quem puder. A desunião a nós não interessa, só vai nos prejudicar e a nossa associação veio para congregar a todos os que trabalham com imagem em um só objetivo, o benefício de todos. Para isso fomos criados e vamos superar todas as dificuldades no enfrentamento do inimigo comum e só assim conseguiremos atingir nossos objetivos.  ARFOC/ Brasil é de cada um dos associados, ARFOC  é de todos nós.

Diretoria da ARFOC Brasil